(Leitura estimada em 4 minutos)
Primeiro post aqui no blog e, sendo o primeiro, não podia ser sobre um assunto diferente de propósito.
Propósito possui um significado bem específico no dicionário, contudo, venho trazer outro olhar para esta palavra. Propósito, sentido, missão… pode chamar de como você achar mais confortável, ou mais próximo à sua realidade. O fato é que nossas ideias ao redor de nosso próprio propósito foram essenciais para que este projeto fosse idealizado e colocado em prática. Nós nos agarramos a este pensamento e é isso que nos ajuda a não permitir que o medo assuma o controle em situações de incerteza e insegurança.
O filme Finding Joe apresenta os ensinamentos e todo legado de Joseph Campbell, ao comparar a jornada do herói da ficção, à nossa natureza humana. No filme, ele chama propósito de bliss. Joseph Campbell foi um autor americano, professor e filósofo e ficou muito conhecido por comparar a arte à nossa realidade humana.
“Nós estamos tendo experiências o tempo todo, que podem, ou não, dar pistas do seu propósito. Um pouco de intuição sobre onde está o seu prazer, sua alegria. Agarre quando aparecer! Ninguém pode lhe dizer quando vai ser. Você é quem precisa aprender a reconhecer suas próprias intimidades”
Joseph Campbell, sobre como encontrar seu bliss
Ele gerou uma reflexão que compara a vida de heróis de filmes àquela de heróis da vida real. Ele nos apresenta a jornada percorrida pelos heróis nos filmes – sim, há uma jornada padrão que aparece em todos os filmes de heróis e nem nos damos conta! – e compara esta mesma jornada às nossas próprias jornadas humanas, nosso dia a dia.
Do lado de cá, podemos dizer que a nossa jornada está em andamento. Nos desfizemos de componentes da nossa vida que são considerados importantes para a segurança do ser humano: uma residência fixa, um trabalho estável… e hoje, não conseguimos planejar nossas vidas para além de 01 mês de distância. Consegue imaginar isso? Pois é, isto é o contrário de tudo que escutamos toda nossa vida.
Robin Sharma nos dá um conselho prático sobre isso, que é o de fazer algo onde você se sinta desconfortável, pelo menos uma vez a cada sete dias. Ou seja, algo que você gosta mas que possa parecer estúpido ou bobo aos olhos de outras pessoas; ou algo que sempre quis fazer e nunca criou coragem… Robin Sharma comenta que são estes momentos, onde damos aquele passo adicional, em que mais evoluímos.
Enquanto seres humanos, nos inibimos de nos expor e correr riscos em detrimento da comodidade da segurança. Portanto, eu, Vinicius e Chopp decidimos descobrir como é a vida de contínua exploração, onde a segurança se torna uma coadjuvante no nosso dia a dia e há espaço para outros tipos de experiências.
Hoje, a insegurança faz parte de nossa rotina e o que mais me intriga é que o medo não faz parte desta equação. Ele não está presente e, quando ele vem, não nos assusta. Temos consciência de que a jornada não será toda bonita e que teremos momentos difíceis e desafiadores. Portanto, esperamos que seja o nosso bliss, ou a busca por ele, que faça a gente NÃO DESISTIR ou desviar a rota de nenhuma forma.
Recentemente, acompanhamos a morte de Chadwick Boseman. Uma morte que causou muita comoção e desconsolo a quem era fã do ator, mas atingiu também muitos daqueles que não acompanhavam de perto o seu trabalho (que é o meu caso).
Acabei desenvolvendo muita admiração por ele ao conhecer um pouco mais de sua vida. Basta dar alguns cliques pelo google e resgatar um pouco da historia de Chadwick para ver como ele realmente se comportou como um herói, dentro e fora das telas.
Muitos jornalistas fizeram exatamente este comparativo; este de Chadwick dentro e fora da TV e o chamaram de herói nas duas vidas: na ficção e na vida real. Chadwick tornou-se uma inspiração para muita gente, pois vimos ele colocar paixão e sentido a tudo que se propôs a fazer, guiado por seu propósito, seu bliss.
“Propósito é a maior das disciplinas. Propósito é um elemento essencial seu. Ele é a razão pela qual você está neste planeta neste exato momento da história”
Chadwick Boseman
Ele parecia ter uma enorme clareza de seu propósito, mesmo nos momentos mais difíceis onde inclusive teve que questionar um sistema posto ao seu redor – fazer diferente – pois o “comum” e corriqueiro ia contra sua visão de vida. O medo não parecia estar presente no seu dia. Nem mesmo o medo da morte.
Finding Joe também ilustra que, tanto na vida dos heróis quanto na vida real, nossas principais descobertas e rupturas acontecem após nossos piores momentos da vida, em crises ou momentos onde nos sentimos perdidos. Nossas “florestas mal assobradas” são os nossos medos e, novamente como os heróis, devemos acolher o medo e não deixar que o mesmo assuma o controle.
Assim, nossa vida se torna uma jornada de exploração a partir de agora. Não há maneira melhor de explorar, que não a de viajar. Viajar é um remédio natural. Além disso, este tipo de viagem pela qual optamos e tivemos condições de realizar – sendo de baixo custo e não voltada ao turismo tradicional – nos manterá fora de nossas zonas de conforto, diariamente.
“Viajar é fatal para o preconceito, para a intolerância e para as ideias limitadas; e muita gente precisa viajar simplesmente por isso. Não se pode ter uma visão ampla, abrangente e generosa do ser humano e das coisas, vegetando num cantinho do mundo sua vida inteira”
Mark Twain
É um caminho sem volta e sempre na melhor companhia.
Um Chopp Pelo Mundo 
Entendi, filha. Acho que nunca entendi o meu propósito, mas entendo o que quer dizer. Creio que porque sempre achei que se chamava objetivo ou meta. Concordo também com o que disse sobre o medo. Ele existe e é parte do ser humano; o que não deve ser é impeditivo para avançarmos com o nossos propósitos. Sempre pensei assim: eu vou, mesmo com medo!
Achem o seu propósito; ou busquem por ele! Estamos com vocês!
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